
Edição 001 - A origem do nome Canis Khan
Já que cedo ou tarde alguém vai perguntar a origem do nome, decidi deixar esse tópico como minha introdução. A história não é longa, mas antes de contá-la, preciso contextualizar vocês.
Eu não só amo cães como tive contato com eles desde que estava no ventre da minha mãe — de verdade! Sei que pode soar folclórico, mas é a pura verdade. Minha mãe trabalha com Pet Shop desde que eu nasci. Ou seja: cresci num lar cheio de amor e… muitos pelos! (Talvez até mais pelos do que amor, mas a gente releva.)
Ver minha mãe lidando com os bichos me surpreendeu por um motivo inesperado: em vez de me atrair de cara para esse mundo, me afastou por um bom tempo. Assistir aos desafios de lidar não só com os animais, mas também com tutores que muitas vezes não entendem como cuidar de pets, me fez pensar que não queria aquela rotina para mim. Se vocês visitarem os bastidores de um grande Pet Shop, vão entender: muito latido, cheiro de fezes e urina — e às vezes, os dois ao mesmo tempo!
Aos 17, enquanto estudava no Colégio de Aplicação de Viçosa, resolvi fazer uma avaliação psicológica profissional para compreender melhor minhas aptidões. Logo de cara, a psicóloga sugeriu veterinária. Eu, sem pensar duas vezes: “Não! Obrigado, mas não vou entrar nessa.” Eu estava saturado daquele ambiente e, no pior dos cenários, sentia pena de ver animais sofrerem nas mãos de gente irresponsável.
Mesmo assim, saí dessa avaliação com mais clareza sobre o que eu queria: liberdade. Queria abrir meu próprio negócio. Claro, o caminho “seguro” seria passar num concurso público ou entrar numa boa faculdade, trabalhar meio período, juntar capital e, quem sabe, um dia realizar meu sonho. Teria sido mais fácil, sem dúvida. Mas eu não queria a vida fácil — eu não suportaria ficar preso a algo que não me desse autonomia, nem que fosse o caminho mais óbvio. Reconheço que essa postura soa meio teimosa, mas é assim que pensava.
Por isso, em 2020, decidi: “Até o fim do ano, não serei mais preso a nada.” Entre erros e acertos (que renderão uma boa biografia um dia), nasceu o “Ian Canis”, com a ajuda do meu pai. Se eu ia empreender, por que não fazer algo ligado ao que eu conhecia e gostava? “Ian” é meu nome, e “Canis” veio de Canis familiaris, o nome científico dos cães — ou, literalmente, “Ian Cão”.
No começo, eu nem queria me expor muito. Então comecei postando fotos “aesthetics” dos meus cães e de alguns amigos peludos que apareciam no Pet Shop da minha mãe. Desativei várias informações associadas a esse codinome, mas “Canis” ficou na minha mente.
Os anos passaram e, em 5 de março de 2024, duas tutoras que procuraram minha mãe pediram para eu passear com os cães delas. E, como já contei, eu evitava qualquer serviço relacionado a pets, porque não me via fazendo isso. Mas, dessa vez, era diferente: os cachorros eram tranquilos — e eu poderia usar a grana extra para estruturar minha outra empresa de Marketing. Afinal, sem capital inicial, todo dinheiro ajudava.
Comecei passeando Tina e Pedrinho. Logo vieram Jake, Kadu, Maeve, Rico, Tobby, Chica, Bisteca, Beethoven, Madona, Thor e tantos outros! O dinheiro extra, porém, era consumido pela empresa de Marketing e pelo meu custo de vida. Foi aí que parei e refleti: a única forma de dar certo era crescer tanto nesse serviço que sobrasse verba para reinvestir nos próprios passeios — e, claro, parar de financiar meu Marketing com eles.
Combinado a uma mudança estratégica na agência — em vez de sair atrás de clientes, fazer com que eles viessem até mim —, decidi profissionalizar o Dog Walking e usar esse case de sucesso para vender meus serviços de Marketing. Passei meses estudando, estruturando processos e, com as experiências anteriores, fiz algo que realmente funcionou.
Para isso, precisava de um nome marcante. “Canis” já era forte, mas havia um problema: termos genéricos ou já registrados não funcionam para redes sociais, sites ou registro de marca. No Instagram, TikTok e YouTube, nomes de usuário são únicos. O domínio “canis.com” ou algo parecido já estaria, provavelmente, em uso. E, se outra empresa registrasse “Canis” no INPI (no Brasil, o órgão responsável), eu corria o risco de ter problemas legais. Então busquei uma palavra secundária que agregasse valor, fosse única e tivesse relação com cães.
Lembrei de Genghis Khan, aquele líder famoso por suas conquistas na Ásia. O título “Khan” — que significa “rei” ou “governante” em várias línguas turcas e mongóis — encaixava perfeitamente. “King” seria óbvio demais; “Khan” soava mais poderoso e, ao pesquisar, descobri que ninguém o usava para algo relacionado a pets. Foi como se estivesse guardado para mim.
Nasceu, então, “Canis Khan”. Desde então, venho estruturando a empresa de forma gradual, com os recursos que consigo — seja meu próprio lucro ou aquela ajudinha de quem acredita no projeto. E é muito gratificante acompanhar cada passo, ver pequenos resultados aparecerem lentamente, mas com consistência.
Meus planos são ambiciosos, mas como Genghis Khan dizia: “Se você tiver medo, não faça. Se fizer, não tenha medo.”
Dicas rápidas para quem está criando marca própria:
- Verifique disponibilidade nas redes sociais: @ do Instagram, TikTok, YouTube e todas as plataformas precisam ser únicos.
- Confira o domínio: registre uma URL exclusiva (por exemplo, caniskhan.com).
- Pesquise o registro junto ao INPI: se outra empresa já tiver registrado o nome, você pode ser notificado ou até enfrentar um processo.
Escolher um nome marcante, memorável e livre de conflitos legais é tão importante quanto oferecer um serviço de qualidade. No meu caso, “Canis Khan” uniu minha história com cães a uma sonoridade de força e liderança — e, cá entre nós, é difícil alguém esquecer!
In God We Trust.